sábado, 28 de novembro de 2009

Porque eu fiz assim


Esperamos o fim pra poder concertar. Tudo me avisava de que eu estava errada.
O silêncio berrava em meu ouvido. Eu estava só com minha xícara de chocolate quente na mão e olhos na janela. Eu não podia esconder o vazio que sentia estando ali, com o tédio me consumindo a qualquer custo. Queria puxar a cortina e correr até minha cama pra pôr o travesseiro nos meus ouvidos. Mas como nada é como queremos eu continuei ali, esperando. Porque eu sei o que veria e o sofrimento que isso ia me causar também. Mas, ora!, eu descobri que isso não me importava mais, porque querendo ou não o erro foi meu. Eu o entreguei pra ela. E da janela já tão sorrateira, vi o carro estacionar. Vi eles saindo dele e logo em seguida ela o puxando feliz pelas mãos pra entrada da casa. E quando eu já tinha decidido que aquilo era o suficiente, e estava pra me afastar da janela com lágrimas caindo dos meus olhos, pude perceber uma última coisa. Percebi, o olhar dele na minha direção. E a amargura a que me direcionara.

Raquel Hora

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Aquela música


A música que agora toca na rádio é há de seis meses atrás quando nos conhecemos. A que me faz lembrar de tudo o que passamos nas tardes boas de sábado. É o título colado na caixa com o conjunto de tudo que vivemos. Aquele passado não muito distanste ainda vivo no meu consciente, de cores chamativas que ofuscam minha mente. Mas, que ainda sim, preservei parando enquanto ainda era tempo para que lembrassemos disso enquanto ainda estávamos bem, e, deixando essa canção, como a última e excluindo-a da minha lista.

Raquel Hora

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Labirinto


Levantei da cama me sentindo sufocada como se estivesse dentro de uma caixa tampada e sem furos. Busquei minhas sandálias para ir de encontro à porta, respirar um pouco de ar da varanda. Era madrugada e a casa estava escura, mas continuei com as luzes apagadas.
Eu suava, então tirei o cabelo que grudava na nuca prendendo num coque frouxo, mas nada parecia cair bem. A cada passo eu me sufocava mais. Minha respiração me estrangulava e com certeza ficar sem respirar me mataria. Estava sem opções. Então apressei meus passos para a porta, mas ela nunca chegava e eu estava me desesperando. Comecei a correr e essa pareceu a pior coisa há se fazer, porque minha falta de ar causava dor. O estômago estava em nó e os pulmões pareciam estar funcionando por um fio.
Deus. Comecei a chorar enquanto virava em cada curva da casa, e, ainda sim, nenhuma porta à vista e fui percebendo que nem janelas mais tinha. Minha visão ficou embaçada pelas lágrimas e meus braços abraçavam a minha barriga.
Era um labirinto. Isso.
Me joguei no chão remoendo de dor e ofegando. Eu estava sem ajuda, sem abrigo. Eu estava sozinha e morrendo, morrendo com o ar que me cercava, com a respiração difícil, e eu estava realmente "estrangulada".
Joguei minha cabeça pra trás num grito abafado e a boca aberta esperando que saísse algum som de socorro. Mas não.
Foi então que uma pontada aguda e sofrida me encheu por dentro e acordei. Acordei ofegante e o coração praticamente saindo pela boca. Era um pesadelo. Tudo, felizmente, não passara de um pesadelo.
E dessa vez eu consegui chegar à porta e ser recebida pelo ar da varanda.

Raquel Hora

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Na escuridão da praia


Eu andava despreocupadamente pela areia. A lua lá em cima me observava cautelosa. O céu estava sem nuvens, apenas com seus enfeites chamados estrelas e conseguindo seu preto impecável. Eu me sentia livre com o vento passando por mim. Eu poderia fazer um montinho de areia e imitar a cena chave do navio em "Titanic" so que sem meu Leonardo Di Caprio. Eu poderia realmente voar se estivesse asas de tão pura e leve que eu tava. A combinação perfeita pra alcançar
minha liberdade. E naquela hora quis me jogar no mar e deixar a água arrastar com si tudo de negativo que ainda restava.
E foi o que fiz. Mergulhei nas ondas calmas e junto com elas, mergulhei também nos meus próprios sentimentos pra buscar ali, vitalidade.

Raquel Hora

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Desde o início


Eu estava sentada na beira do lago, contemplando tudo. Cada lembrança já vivida, cada romance passado, cada precioso minuto do meu tempo. O sol estava forte lá em cima, o vento balançava meu cabelo e acariciava meu rosto. A sombra da árvore me dava plena tranquilidade. Tudo aquilo fazia parte do meu cenário e só faltava ele, até ele chegar. Silencioso e charmoso a cada passo. Chegou devagarzinho, tomou o lugar, e tudo parou, só para vê-lo entrar. Deus, até parece música antiga. Uma canção melosa e brega, mas não, era apenas sua beleza que tirava o fôlego, de tudo. Foi assim no início enquanto éramos apenas amigos. É assim agora sendo o amor da minha vida. "E vejo que nada mudou." Como diria a Cassia Eller. Meu coração pula ganhando vida, minha barriga sente frio como se não tivesse coberta pela blusa, e, na minha visão. Ah, cara! É só ele.

Raquel Hora

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Vida


Seria bom que nossos sonhos se realizassem no famoso "abacadabra". Ou que nossa história tivesse final feliz. Que nossos medos não mais existissem. Que estivéssemos destinados ao paraíso e fossemos livres, livres de livre arbítrio, de poder tomar nossas próprias decisões,
sem se arrepender depois. De poder chegar e dizer: E daí que se eu andar de patins eu vou cair? Que eu vou tomar um tombo da bicicleta? Temos que experimentar cada coisinha que a vida pode proporcionar, temos que aprender com cada vacilo. Eu posso recomeçar, não posso? Eu vou me levantar da queda, vou mostrar que sou capaz disso e muito mais, precisamos formar nossa vida, dá um rumo certo ao nosso caminho, mostrar que podemos. Pois de nada adianta a vida se não pudermos nos reerguir.
Precisamos rir, sem já se preocupar com o que terá de enfrentar pela frente. Porque o que vale a vida sem poder curtir? Não importa que não seja um contos de fadas e que eu não encontre meu príncipe encantado. Basta eu sair com meus amigos, dançar e me divertir, brincar com a família.
E principalmente olhar pra trás e não se arrepender de nada que eu deveria ter feito,
ou que fiz e foi um erro. Porque a vida não se forma só de acertos, cada degrau é um desafio,
cada erro é uma aprendizado.
E cada minuto, só basta se for pra valer a pena! :)

Raquel Hora

Novembro & Gente nova & Meme

Olá!
Já é novembro... é... pra mim o ano passou mesmo depressa.
Mas duas semanas e estarei de férias. Na verdade nem estou tanto assim: "OH! LÁ VEM AS FÉRIAS!!!!!!! :D", estou mais pra: "lá vem as férias, legal! :|"
Apesar de que dormir e acordar tarde todos os dias e dedicar mais ao meus livros, sem que ter minha mãe no meu ouvido, dizendo: "Vá estudar Raquel, se não vou esconder seus livros todos."
é bem atraente.

Enfim...

Ah! Carol, obrigada aí por gostar daqui.
Até fui lá no teu blog mas não consegui postar, então, caso você volte aqui, aí está o que eu queria dizer:

"E você vem falar que os meus textos que são maravilhosos? Fala sério, você dá um show! :) Obrigada por me seguir e gostar do blog. Fico grata! Passarei aqui* também, aqui* é melhor ainda. rsrsrs' Beijos! :D"

P.S¹(Devido ao seu texto, claro, que eu li lá.)
P.S.² Os dois * é que os "aqui" é referente ao blog dela. Pra ver que eu ia mesmo comentar, só que não sei o que houve mais o tamanho tava desproporcional e não tava aparecendo nem o espaço de digitar a palavra chave, nem o "enviar" ou o que quer que apareça, como, "Postar mensagem".

E voltando aqui... Thainá, valeu pelo meme!
Então vamos à ele...


Regras: Dizer 8 características minhas e indicar 8 blogs para receber o selo.

Características: extrovertida; bom caráter; Conselheira (minha amiga que o diga); impaciente, devoradora de livros, muito amiga , sonhadora e simpática.

Indicados(as):


1. http://sentimento-padrao.blogspot.com/
2. http://sophiaemanias.blogspot.com/
3. http://bloguinhodaspatricinhas.blogspot.com/
4. http://dew24.blogspot.com/
5. http://ulinascimento.blogspot.com/
6. http://blogdamariina.blogspot.com/

Sorry, não tenho muito a quem repassar, espero que não enfraqueça o meme.
Beijos, Tchau!